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23/01/2022 10h53 | Atualizado em 23/01/2022 10h58

Ministério da Saúde se confunde e coloca que cloroquina é eficaz contra a Covid-19 e a vacina não; entenda

Em dois trechos da nota técnica divulgada pelo órgão aparece o erro, mas outras páginas fazem a afirmação correta sobre a eficácia da vacina

Ministério da Saúde se confunde e coloca que cloroquina é eficaz contra a Covid-19 e a vacina não; entenda Foto: Ministério da Saúde
Da Redação

Uma nota técnica do Ministério da Saúde confundiu os internautas ao afirmar que a cloroquina é eficaz contra a Covid-19 e a vacina, que é verdadeiramente comprovada, não. Em uma tabela, na página 25, quando é questionado sobre se há demonstração de efetividade e estudos de controlados e randomizados, para a cloroquina a resposta é SIM e para a vacina a resposta é NÃO. A mesma coisa acontece quando se é questionado sobre a segurança do medicamento e da vacina.

tabela

A pasta confirmou que se trata de um erro na nota publicada na sexta-feira (21/1) e assinada pelo secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Helio Angotti Neto. O órgão alegou que a confusão aconteceu apenas tabela, e que, observada isoladamente, “não traduz o real contexto” do que afirmava a nota técnica em questão.

Segundo a CNN, na mesma nota técnica, porém na página 13, em trecho sobre os elementos técnicos e científicos das diretrizes terapêuticas, o documento rejeita o uso da substância. “Recomendamos não utilizar hidroxicloroquina/cloroquina, isolada ou em associação com azitromicina, em pacientes com suspeita ou diagnóstico de Covid-19 em tratamento ambulatorial”, orienta o Ministério da Saúde.

Em outra parte do texto, a orientação é ainda mais clara: “A cloroquina e a hidroxicloroquina não devem ser utilizadas, independentemente da via de administração (oral, inalatória ou outras)”, acrescenta.

ERRO

Além do erro entre o "sim" e o "não", no final da tabela há outra infomação equivocada. “Treze estudos controlados e randomizados com direções de efeito favoráveis à hidroxicloroquina, com efeito médio de redução de risco relativo de 26% nas hospitalizações, altamente promissor para o uso discricionário e prosseguimento dos estudos”, afirma o órgão.

Depois, ao analisar as vacinas, a pasta diz que há “dezoito ensaios não finalizados, dos quais, oito ainda em fase de recrutamento, nove ainda não finalizaram o seguimento e um finalizado, mas ainda em fase insuficiente para a avaliação de segurança”.

Diversos médicos e cientistas constestaram as informações, já que todas as vacinas liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são eficazes, ao contrário da cloroquina, cujos testes não apresentaram conclusões favoráveis. Com o debate, o Ministério da Sáude divulgou uma nota esclarecendo o ocorrido.

"O Ministério da Saúde esclarece que em nenhum momento afirmou que medicamentos contra Covid são seguros para tratamento da doença, nem questionou a segurança das vacinas, que é atestada pela agência reguladora. A interpretação foi retirada erroneamente de uma manifestação de nota técnica da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos (SCTIE). […] A interpretação de que ela afirma existência de evidências para o medicamento cloroquina e não existência de evidências para vacinas é errada e descontextualizada", explica.

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Fonte: Da redação